Entendendo o Porquê dos Aumentos da Energia Elétrica

Os aumentos recorrentes na tarifa de energia elétrica continuarão acontecendo enquanto o Brasil não implementar uma boa política de diversificação de fontes de geração aliado à um planejamento de longo prazo.

Afinal o setor elétrico possui uma inércia bem característica, pois não é possível construir hidrelétricas, termelétricas, ou qualquer outra planta de geração de energia da noite para o dia.

A redução da oferta de energia e a falta de planejamento resulta em aumentos contínuos na conta de energia elétrica de todos os brasileiros, sejam aqueles responsáveis por uma residência e/ou empresa. É por esse motivo que se costuma dizer que a conta de energia elétrica é uma das contas mais democráticas, afinal quando ela sobe, ela atinge todos os consumidores.

O Que Compõe a Tarifa?

A tarifa é composta por uma série de fatores, como por exemplo, o valor médio do custo de geração de energia das grandes usinas (TE), tarifa do uso do sistema de distribuição (TUSD), relativa aos custos de transmissão e distribuição da energia, encargos setoriais e etc.

Os valores das tarifas de energia são definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e são reajustados anualmente, levando em consideração o preço da energia no período, bem como a inflação vigente. O valor da tarifa varia de entre as distribuidoras de energia no país.

Outro ponto ao qual o valor tarifa está em função é do tipo do cliente/consumidor: Cliente de Baixa tensão (Grupo B), Cliente de Alta tensão (Grupo A), além dos subgrupos: A4, B2… e Iluminação pública.

Lei da Oferta & Demanda

A Escassez de Oferta de Energia no País

Manchete mostrando baixo nível de reservatório no Ceará.

Manchete de notícia de nível de reservatório em Goiás

Manchete do Jornal O Povo sobre o cancelamento do leilão de energia solar e eólica

“Revisitamos o leilão de energia de reserva, pois não haveria justificativa para fazê-lo” disse Pedrosa, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.

 

Repare que há cerca de um ano atrás o governo cancelava o leilão de energia, alegando haver sobra de energia no sistema, porém vimos no decorrer deste ano uma situação bem diferente.

A falta de água nos reservatórios fez com que as usinas termoelétricas para despacho, com custos de operação altíssimos e muito mais poluentes tivessem que operar por mais tempo, acerretando no aumento da tarifa de energia elétrica:

 

Manchete do site da ANEEL do anúncio de vigência de bandeira vermelha patamar 2 em Novembro de 2017

No início de 2013, quando a então presidente Dilma reduziu artificialmente o valor das tarifas, acarretou em um rombo na situação financeira de várias empresas do setor elétrico.

Muitas empresas do setor se encontram endividadas e para conseguir pagar essas dívidas elas precisarão aumentar as tarifas de energia elétrica repassando valores para os consumidores.

Como se não bastasse, devido aos aumentos recorrentes no custo de geração em 2017, muitas distribuidoras enfrentam problemas de fluxo de caixa, chegando ao ponto da ANEEL ter que solicitar recursos do fundo setorial da Coner (Conta de Energia de Reserva), um montante superior a 1,1 bilhão de reais.

Uma forma de se proteger dos Aumentos da Energia Elétrica

Na prática são uma série de fatores que fazem as tarifas de energia elétrica no Brasil aumentar, porém é possível se proteger destes aumentos de excelente maneira. Quando um consumidor instala por exemplo um sistema fotovoltaico, ele passa então a gerar sua própria energia.

Além da valorização imediata do imóvel, contribuição na redução de perdas em transmissão e distribuição, postergação dos investimentos de ampliação do sistema, há também um retorno financeiro associado ao investimento.

Caso uma unidade consumidora (Residência ou Comércio) instale um sistema que gere 1000kWh em um mês, e a tarifa da sua localidade seja R$0,77 / Será economizado R$770,00 no período (1000 * 770).

Conta Blindada

Como os aumentos estão sempre ocorrendo vamos ver o que acontece quando a tarifa tem um aumento de 15% (inflação energética).

Os R$0,77 de tarifa de energia passaria para R$0,88 dessa forma os mesmos 1000kWh gerados pelos mesmo sistema passa a valer mais.

A economia passa a ser de 0,88 * 1000 = R$880,00

À medida que a tarifa de energia sobe, o retorno proporcionado pela instalação do sistema também sobe, é por isso que a conta de energia passa a ficar protegida quando uma unidade passa a gerar sua própria energia.

Nos valores atuais de tarifa de energia praticados no Brasil já se faz todo o sentido instalar sistemas fotovoltaicos, só que além do sistema proporcionar redução significativa no mês, ele ainda protege o consumidor dos aumentos recorrentes que acontecem no nosso país, o que infelizmente provavelmente continuará a acontecer em 2018 e nos próximos anos.

No próximo artigo discutiremos com exemplos/números como a inflação energética impacta o retorno do investimento, até lá!

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