O que é inflação energética e como se proteger dela?

De uma forma prática, a taxa de inflação é o aumento no nível de preços. No caso da inflação energética, é a taxa de aumento do preço da tarifa de energia elétrica em um determinado período, porém, mais importante do que conhecer apenas o conceito é saber analisar os impactos da inflação energética.

Inflação Energética

De uma forma prática, a taxa de inflação é o aumento no nível de preços. No caso da inflação energética, é a taxa de aumento do preço da tarifa de energia elétrica em um determinado período, porém, mais importante do que conhecer apenas o conceito é saber analisar os impactos da inflação energética.

Inflação energética no Brasil

A inflação energética no Brasil nos últimos 10 anos se encontrou acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é considerado o índice oficial de inflação do país. O valor médio de inflação energética nos últimos anos é de aproximadamente 10% a.a., usaremos esse valor mais adiante neste post para analisar dois tipos de consumidores.

Impacto na Conta de Energia

Residencial

Para exemplificar os efeitos da inflação energética em uma Residência, vamos supor que uma determinada residência tenha uma despesa mensal de R$400,00 relativo à conta de energia. Logo, ao longo de um ano o custo com energia elétrica nesta casa é de: 12 (meses) x 400,00 = R$4.800,00. Como dissemos anteriormente, historicamente a taxa de inflação energética no Brasil foi de 10%, adotaremos como premissa essa taxa de inflação anual.

Quanto ao impacto na conta de energia, vimos que os moradores da casa terão um custo no primeiro ano de R$4.800,00, porém, nos anos seguintes o custo com energia elétrica cresce rapidamente, conforme o gráfico a seguir:

O Gráfico mostra o Custo anual com energia elétrica de uma residência com custo mensal de R$400,00 relativo à conta de energia.

Gráfico 1 – Custo anual com energia elétrica de uma residência com custo mensal de R$400,00 relativo à conta de energia.

Note do gráfico acima que o custo com a conta de energia cresce rapidamente. O montante do custo com energia é bem significativo, totalizando ao longo destes anos o valor de R$524.072,47.

Você sabia que proporcionalmente quem paga a tarifa mais cara de energia no Brasil são os consumidores residências?

Comercial

Os consumidores comerciais atendidos em baixa tensão também pagam caro por energia elétrica, para deixar mais palpável essa ideia, vamos analisar o impacto da inflação energética na conta de energia de uma Padaria que fabrica pães artesanais e tem uma despesa mensal de R$5.000,00. Ao longo dos anos o crescimento do custo é extremamente significativo:

Gráfico dos crescimento dos custos anuais com energia elétrica de uma panificadora

Gráfico 2 – Custo anual com energia elétrica de uma Padaria com custo mensal de R$5.000,00 relativo à conta de energia.

No primeiro ano a Padaria terá um custo de aproximadamente R$60.000,00 e o acumulado ao fim do período analisado chega à R$6.550.905,92, ou seja, mais 6,5 milhões de reais.

Como se proteger da inflação energética

Conforme vimos anteriormente, a inflação energética tem um impacto significativo tanto em consumidores residenciais como também em comerciais. Os custos aumentam de forma exponencial, e isso representa um problema, porém, é possível por meio da Geração Distribuída transformar o que aparentemente é um problema em oportunidade.

Do problema à Oportunidade

Desde 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa n°482/2012 da ANEELos consumidores brasileiros passaram a poder gerar a sua própria energia. O consumidor que opta por gerar a sua própria energia passa a não ficar mais sujeito as flutuações do preço da tarifa de energia da sua concessionária de energia.

Por exemplo, no caso da Padaria que analisamos, se ela resolver fazer o investimento em energia solar, é como se ela fizesse uma compra antecipada de energia, ela passa a saber o quanto vai gastar com energia pelos próximos 25 à 30 anos (tempo de vida do sistema).

Além de economizar até aproximadamente 95% do valor atual da conta de energia, a empresa ficaria protegida dos futuros aumentos no preço da tarifa de energia, pois a energia consumida na operação vai ser compensada pela geração de energia proveniente do sistema fotovoltaico.

O payback deste tipo de investimento é de aproximadamente 4 anos e atualmente é possível realizar financiamento de sistemas fotovoltaicos com uma prestação compatível com o valor economizado a cada mês, mas esse assunto será discutido em um outro post.

Conclusão

A inflação energética tem um influência significativa na conta de energia quando se analisa um horizonte de tempo considerável. Uma forma do consumidor se proteger é produzindo a sua própria energia, dessa forma, ele não fica sujeito a variações no preço da tarifa. Quanto maior o gasto do consumidor com energia elétrica mais ele pode economizar. Quanto mais o preço da tarifa de energia subir, ou no caso de passar a vigorar bandeiras tarifárias amarela ou vermelha, mais o consumidor que possui geração distribuída irá se beneficiar.

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